Exclusão de estradas e ganho de área no planejamento de estradas florestais

ARTIGOFLORESTALLOGÍSTICA

9/9/20214 min read

Sabemos que a construção e manutenção de estradas florestais estão entre as atividades mais caras na cadeia logística florestal, existindo para cumprir a função tanto de acesso quanto de delimitação das áreas de estoque à beira dos talhões onde a madeira ficará armazenada para secagem e posterior transporte.

Várias destas estradas podem ser temporárias, servindo apenas para facilitar o acesso ao fundo do talhão nas operações silviculturais num ciclo, mas que acabam permanecendo por vários anos sem real necessidade num contexto moderno cheio de avanços da silvicultura e colheita mecanizadas.

Neste artigo, será abordado uma forma de exclusão de estradas desnecessárias baseando-se em indicadores físicos, para que essa tomada de decisão proporcione um ganho de área de maneira consciente, sem prejudicar as operações florestais.

Para isso, será usada a ferramenta OPT de Planejamento de Estradas, capaz de ponderar que estradas são consideradas passíveis de exclusão (redundantes) e calcular o ganho de área.

Para determinar se uma estrada é redundante e pode ser excluída, a Ferramenta Opt de Planejamento de Estradas considera os seguintes fatores

  • Priorização de estoque em estradas principais

  • Capacidade de estoque que é realmente utilizado

  • Acesso a estradas com estoque

Uma estrada é considerada redundante caso sua capacidade de estoque esteja desperdiçada em toda a sua extensão, ou seja, toda a madeira que poderia ir para aquele trecho de estrada é possível de estocada em uma outra estrada próxima de prioridade mais alta.

Determinação de estradas redundantes

Cálculo do ganho de área

Uma vez que a estrada é marcada para exclusão, conforme figura abaixo, é possível calcular o ganho de área de plantio que será obtido.

Estradas de contorno representada pelas linhas pretas são candidatas à exclusão

Para isso, o uso de solo é recalculado, obtendo a área exata estratificada por talhão conforme a figura abaixo.

Para que o cálculo do ganho de área seja realista, é necessário considerar também os aceiros, ou seja, a área destinada ao vazio sanitário entre o talhão e a vegetação nativa. Essa área de terra nua é necessária para impedir o avanço de incêndio e dificultar disseminação de pragas entre nativa e plantio comercial, sendo desconsiderada no ganho de área.

A ferramenta OPT de planejamento de estradas aceita como parâmetro um percentual de área destinado a aceiros, aplicado apenas no ganho de área que toca a vegetação nativa.

A exclusão de estradas redundantes e o consequente ganho de área de plantio que isso gera é um dos maiores retornos financeiros da operação de planejamento florestal. Ganha-se tanto no corte dos custos com a manutenção de estradas subutilizadas quanto no aumento da área plantada, que é o maior ativo florestal.

A ferramenta OPT de Planejamento de Estradas pode ajudar na tomada de decisão para garantir que a exclusão de estradas seja feita de maneira precisa maximizando o ganho de área produtiva sem prejudicar a produtividade das operações florestais.

Conclusão

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