
Logística no viveiro de mudas: planejamento e transporte para o plantio
ARTIGOFLORESTALLOGÍSTICA
Marlon Suenari - Líder de soluções para Agronegócios
3/25/20255 min read
O Viveiro de Mudas está presente em todas as empresas setor florestal e é responsável por realizar uma série de atividades para garantir a produção de mudas saudáveis e de alta qualidade até a sua entrega para o plantio. Dentre as principais etapas realizadas pelo viveiro, encontramos:
Coleta e Preparação das Sementes
Produção das Mudas
Manejo e Desenvolvimento das Mudas
Rustificação e Aclimatação
Seleção e Expedição
É nessa última etapa que entra um fator crucial para o sucesso do plantio: a logística do transporte de mudas, que será o foco deste artigo.
O que você vai encontrar nesse artigo?
A logística do transporte de mudas é uma etapa essencial no processo de reflorestamento e recuperação ambiental. Seu objetivo é garantir que as mudas saiam do viveiro em condições ideais para o plantio, com cuidados técnicos e eficiência.
A seguir, detalhamos as principais tarefas desse processo.
O processo logístico do envio de mudas do viveiro para o plantio
Resumo: Processo Logístico do Viveiro de Mudas


Nessa etapa, o responsável pela equipe de plantio informa a quantidade de mudas e variedade clonal a serem utilizadas em uma determinada área. Muitos sistemas calculam a quantidade de mudas do projeto a ser implantado, considerando o espaçamento, características do solo, relevo, clone e área total. Com essas informações definidas, o processo segue para a próxima fase relacionada ao viveiro, o planejamento.
1. Recebimento da demanda para implantação
Nas empresas florestais podem existir múltiplos projetos sendo implantados simultaneamente, o que representa um grande desafio para a equipe do viveiro com demandas que, invariavelmente, podem estar muito além da capacidade de produção ou estoque. Por isso, a atividade de planejamento de expedição deve ser realizada de forma detalhada e precisa, considerando:
Estoque de mudas disponíveis para plantio (por clones);
Data prevista de implantação do projeto (ritmo de implantação).
2. Planejamento da expedição
Nessa tarefa as mudas são cuidadosamente selecionadas de acordo com critérios como:
Altura e diâmetro adequados;
Ausência de pragas e doenças;
Raízes bem desenvolvidas e integridade do substrato.
Após a seleção, as mudas são organizadas e acondicionadas em bandejas ou baldes com altura suficiente para evitar danos durante o transporte. Esse processo também inclui uma última irrigação para garantir que cheguem hidratadas ao destino.
3. Seleção e preparo das mudas


O carregamento das mudas deve ser feito com técnicas que evitem o esmagamento e o superaquecimento. Alguns cuidados incluem:
Utilização de suportes para impedir o tombamento;
Proteção contra vento excessivo e exposição direta ao sol (veículo aberto);
Ventilação adequada para evitar superaquecimento.
Além dos cuidados relacionados a preservação das mudas, há casos em que a carga é fracionada em duas ou mais entregas.
4. Carregamento e transporte
Nessa situação o sequenciamento dos destinos deve ser efetuado à fim de evitar perda de tempo com logística ineficiente ou remanejando desnecessário de cargas no descarregamento. Esse ponto torna-se essencial, principalmente, quando o transporte utilizado possui apenas um local de entrada e saída de material. Como exemplo: Caminhão baú com portas traseiras apenas.
Lembrando que o espaço liberado no momento da entrega pode ser utilizado para a logística reversa de bandejas, tubetes e caixas para reutilização. (Logística Reversa)
Realizado o carregamento, o veículo está pronto para iniciar o trajeto até o local de implantação.
📚➡️ Sugerimos a leitura do seguinte artigo: Logística Reversa – O que é e sua importância na gestão de transporte de mudas


Essa tarefa pode ser realizada tanto por equipes e veículos próprios quanto por terceiros, representando uma parcela significativa do custo no abastecimento de mudas para os projetos. Portanto, para garantir que essa atividade ocorra de maneira eficiente e produtiva, é essencial considerar alguns fatores.:
Características do veículo de transporte
➡️Dimensões – Isso é relevante pois dependendo do tipo de via que o veículo trafegar, alguns obstáculos podem limitar ou impedir sua passagem.
➡️Capacidade – Volume máximo transportado.
Características do trajeto a ser realizado
☑️Características da via – Largura, número de faixas, curvas, inclinações, túneis, pontes e obstáculos.
☑️Tipo e classificação – Rodovia, avenida, rua e carreadores (ruas rurais), expressas ou de tráfego restrito, pavimentação (asfalto, terra)
☑️Regras de trânsito – Limites de velocidade, Sentido da via, conversões permitidas, zonas de restrição (rodízio, carga e descarga, pedágios)
☑️Condições de tráfego em tempo real – Congestionamentos, acidentes e interdições, eventos e obras.
☑️Infraestrutura e Serviços – Pontos de interesse (postos, restaurantes, hospitais), radar, semáforos, lombadas, faixas exclusivas.
☑️Restrições para Veículos Específicos – Altura, peso máximo, excesso lateral, cargas inflamáveis.
Restrições legais
Conforme a Lei do Motorista nº 13.103/2015, que regula a jornada de trabalho, tempo de direção, descansos e outros direitos e deveres dos motoristas profissionais de transporte de cargas e passageiros existem múltiplos pontos que precisam ser observados:
☑️ Jornada de Trabalho - Máximo de 8 horas diárias, podendo ser estendida até 12 horas com horas extras. A jornada semanal não pode ser maior do que 44 horas.
☑️ Tempo de Direção - Máximo de 5 horas e 30 minutos consecutivas ao volante. Após esse período, é obrigatório um descanso mínimo de 30 minutos a cada 6 horas dirigidas. Os descansos podem ser fracionados, desde que totalizem 30 minutos dentro de cada 6 horas.
☑️ Descanso Diário - Mínimo de 11 horas de descanso a cada 24 horas. O período de descanso pode ser fracionado, desde que um dos períodos tenha no mínimo 8 horas ininterruptas.
☑️ Descanso Semanal - 35 horas seguidas de descanso semanal obrigatório, podendo ser acumulado por até três semanas.
☑️ Intervalo para Refeição - Deve ser de no mínimo 1 hora para refeições, podendo coincidir com os períodos de descanso.
5. Logística viveiro de mudas → floresta
Por último, mas não menos importante, precisamos considerar o local ou locais de saída e destinos das mudas. Locais, pois, podem existir múltiplos viveiros de saída e não apenas um único local da mesma forma que os locais de entrega.
Somente depois de pontuados todos esses fatores e seus desdobramentos, é possível elaborar um planejamento logístico. Contudo, é fundamental considerar um fator crítico que, embora não tenha sido citado diretamente, está implícito e resulta da observação dos demais: a segurança.
Conclusão: Saiba realizar um bom planejamento logístico
Pensando em todos os critérios e restrições relacionados acima, desenvolvemos uma solução capaz de gerar cenários de forma ágil e precisa, considerando os aspectos mencionados, agilizando o planejamento e garantindo uma logística eficiente e segurança.
Essa solução foi desenvolvida para planejar, executar e monitorar a logística em campo, mesmo em condições adversas, como a ausência de sinal de celular ou a presença de vias não mapeadas, como carreadores.
Quer saber mais a respeito? Preencha o formulário abaixo....
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